terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

história verídica

Acontecem coisas na nossa vida que não têm explicação, ou melhor, não encontramos explicação para o sucedido ou acontecimento. Já lá vão seguramente uns vinte anos que aconteceu comigo uma situação que ainda hoje não encontro a explicação para o sucedido. Tinha ido de visita á minha terrra, que é Vila Verde, e trouxe como era costume, uns garrafões de vinho verde, aquela verdadeira pomada que o deus baco tanto apreciava. Acontece que durante a viagem partiu-se um dos garrafões o que me obrigou no final da viagem a proceder à limpeza do porta-bagagens. Nessa altura morava numa praceta na Rinchoa, lugar muito apropriado para estacionar o carro, uma vez que não circulava transito na mesma. Retirei tudo do porta-bagagens e coloquei os objectos no chão ao pé do automóvel, incluindo uma caixa de ferramente. Tive necessidade de ir a casa, já não me lembro por que motivo, e não tive qualquer receio em deixar o carro aberto e os objectos no chão. Regresso ao carro e, qual o meu espanto, quando verifico que a caixa da ferramenta tinha desaparecido. Sem pensar muito no que fazer, imediatamente foi dar uma volta pelas redondezas no sentido de encontrar alguém com a referida caixa na mão. A tarefa tornou-se infrutífera já que não vislumbrei qualquer vestígio que me podesse levar a recuperar a ferramenta. Desiludido e convicto que me tinham roubado a referida caixa e que o remédio era comprar outra, regressei para junto do carro, amaldiçoando a minha mania de confiar no ser humano. Tive que continuar a confiar no ser humano, o que ainda hoje acontece, porque quando chego junto do carro, espanto dos espantos, a caixa de ferramente esta no mesmo sítio em que a tinha deixado. Olhei para todo lado, para as janelas dos prédios a ver se via alguém que podesse ter efectuado tal brincadeira. O certo é que foi alguém, amigo ou vizinho, que fez aquela bricadeira, ou então alguém desconhecido que vendo-me a correr á procura do larápio, se arrependeu e voltou a colocar a caixa de onde a surripara. Nunca contei este episódio a quem quer que fosse e também nunca ninguém me falou acerca dele pelo que, ainda hoje, não sei o que verdadeiramente aconteceu, só sei que não fiquei sem a caixa da ferramenta e continu-o a abandonar as coisas na rua e ninguém as leva.

sábado, 2 de janeiro de 2010

o caminhante

Como tudo na vida há que começar pelo princípio, por isso vou, em primeiro lugar, falar porque escolhi o nome de caminhante para este meu primeiro contacto com o mundo da blogosfera. Como é evidente, caminhante é aquele que se faz ao caminho, quer seja por carreiros, caminhos de terra batida, por estradas asfaltadas, não convém com muito transito automóvel, como é óbvio, por causa da poluição e também por via dos acidentes que possam surgir. Há muitas formas de caminhar e neste mundo global também se pode caminhar por comboio, barco, avião, internet, embora neste caso seja mais usual dizer-se que navega na nete. Noutros tempos só se navegava no mar, mas no tempo actual, navega-se por qualquer sítio, quer seja por terra ou pelo ar. É normal e usual na actualidade designar-se os pilotos de aviões, de automóveis, de motos ou de tricíclo de navegadores - o que diriam o Vasco da Gama e o Pedro Álvares Cabral se fossem vivos - e certamente sem possuírem o título de marinhagem, mas como também há marinheiros que não sabem nadar..., nada a apor neste aspecto. Voltando quase ao princípio, escolhi este título porque gosto mesmo de caminhar e gosto essencialmente de descobrir caminhos novos, não marítimos, como é evidente, porque os caminhos já calcorreados e conhecidos não nos levam a sítios interessantes, só nos podem levar ao designado "déja vu", o que tem pouco interesse como é óbvio. A continuar nos próximos capítulos.
Vilelabreu